Nunca mais...
Nunca mais olharei para ti da mesma forma...
De repente aproximas-te como uma víbora
Pronta a derramar o seu insólito veneno.
Hipnotizas com as tuas falas mansas
Embriagas com a tua lingua aveludada
Tocas os sentidos para logos os retirares
Por momentos a presa anestesiada sente o teu corpo sobre ela
retorcendo-se na volúpia da traição.
Paira no ar o odor fétido da conspiração
E sem remorços deixavas dormir ao longe
O inocente que de nada sabia
Que nos seus sonhos sonhava contigo
Enquanto que ao longe dançavas
A dança macabra de quem trai o seu amor.